O
empoderamento feminino é um tema que vem tomando conta dos debates sociais hoje
em dia, e é claro que, no Dia das Mulheres, ele não poderia deixar de estar em
pauta.
Empoderar
mulheres e promover a igualdade de gênero em todas as atividades sociais são garantias
para o fortalecimento da economia, o impulsionamento dos negócios, a melhoria
na qualidade de vida das mulheres, homens e crianças, e para o desenvolvimento
sustentável.
O
que significa empoderamento feminino?
De
acordo com o dicionário, a palavra empoderamento significa “conceder ou
conseguir poder; obter poder”. Com origem no inglês “empowerment”, o termo foi
traduzido pela primeira vez pelo pedagogo e filósofo brasileiro Paulo Freire.
Para ele, empoderamento designa a “capacidade do indivíduo de realizar as
mudanças necessárias para evoluir e se fortalecer”.
Em
2010, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou um documento chamado “Os
Princípios de Empoderamento das Mulheres”. O principal objetivo era mostrar às
empresas e companhias como elas poderiam conceder mais poder para as mulheres.
Os
7 princípios básicos do empoderamento são:
–
Estabelecer liderança corporativa sensível à igualdade de gênero, no mais alto
nível.
–
Tratar todas as mulheres e homens de forma justa no trabalho, respeitando e
apoiando os direitos humanos e a não-discriminação.
–
Garantir a saúde, segurança e bem-estar de todas as mulheres e homens que
trabalham na empresa.
–
Promover educação, capacitação e desenvolvimento profissional para as mulheres.
–
Apoiar empreendedorismo de mulheres e promover políticas de empoderamento das
mulheres através das cadeias de suprimentos e marketing.
–
Promover a igualdade de gênero através de iniciativas voltadas à comunidade e
ao ativismo social.
–
Medir, documentar e publicar os progressos da empresa na promoção da igualdade
de gênero.
Assim,
o empoderamento feminino se refere basicamente a dar poder para outras
mulheres, para que cada mulher possa assumir seu poder individual. Com isso, há
crescimento e fortalecimento do papel de todas na sociedade.
A
história do Dia das Mulheres e sua relação com o empoderamento
As
origens do Dia Internacional das Mulheres são variadas, mas a cronologia dessa
história remete a 26 de fevereiro de 1909, em Nova York, quando um grupo de 15
mil mulheres organizou uma passeata em busca de melhores condições de trabalho.
Porém,
em 1917, houve um marco ainda mais forte que determinaria o tão famoso 8 de
março. Naquele dia, um grupo de operárias russas saiu às ruas para se
manifestar por melhores condições de vida e de trabalho, contra a fome e contra
a entrada da Russia na Primeira Guerra Mundial.
Oficializada
em 1975, a data é marcada por reivindicações como igualdade salarial, igualdade
de gênero e protestos sobre a violência contra a mulher e a posição da mulher
perante a sociedade.
O
empoderamento é uma prática necessária na sociedade como um todo. O número de
mulheres no mercado de trabalho, por exemplo — seja ocupando grandes cargos em
empresas, empreendendo ou investindo — é muito maior do que alguns anos atrás.
Mas,
apesar desses avanços, a desigualdade entre homens e mulheres no meio
corporativo e na sociedade como um todo ainda é alarmante. Como forma de
amenizar e modificar essa realidade, diversas empresas estão utilizando o
empoderamento feminino como estratégia em seus negócios.
O
empoderamento feminino no ambiente corporativo
No
âmbito corporativo, esse empoderamento fornece ferramentas para que a empresa
desenvolva ações que gerem mudanças reais. Práticas que estimulam a igualdade
de gênero e fazem com que ações de igualdade sejam incorporadas, não só nas
atividades da organização, mas no mercado como um todo, contribuí para o
crescimento econômico, social e político.
Em
2010, um estudo da universidade Duke – dos Estados Unidos – apontou que
mulheres que ocupam cargos importantes ou de liderança são vistas como mais
assertivas do que os homens. A pesquisa também apontou que as mulheres sabem
ter relacionamentos profissionais mais funcionais, por saberem lidar melhor com
as próprias emoções e com as dos outros.
Por
isso, no ambiente corporativo a simpatia, a competência e a empatia geram
muitos pontos a favor do gênero feminino. Cientistas descobriram que a
capacidade empática está diretamente relacionada aos neurônios-espelho – um
grupo de células fundamentais para o comportamento empático e imitativo dos
seres humanos.
Eles
são responsáveis pela percepção das atitudes de outras pessoas. Sentir vontade
de bocejar ao ver outra pessoa fazendo o mesmo é uma das reações desses
neurônios, por exemplo.
Para
neurocientistas, o sistema de neurônios-espelho feminino é maior do que o dos
homens e, por conta dessa característica cerebral, as mulheres possuem uma
habilidade natural para ser empática.
Para
ter relacionamentos profissionais mais funcionais e ocupar cargos de liderança
com assertividade, ter empatia é essencial. Desenvolver a capacidade de escutar
com atenção seus colaboradores é fundamental para elevar a produtividade da
equipe e a satisfação dos funcionários.
Por
isso:
Aprenda
a reconhecer suas emoções
Saber
identificar como você se sente e reconhecer as emoções quando elas surgem é
fundamental, pois te ajuda a entender quais são seus gatilhos emocionais e as
crenças limitantes que podem impactar negativamente sua carreira.
Seja
determinada
Saber tomar decisões – mesmo sob pressão – também é imprescindível para uma pessoa que ocupa um cargo de liderança. E o caminho para desenvolver essa capacidade é o autoconhecimento. Quando você entende como responde às situações externas, é possível criar ferramentas que te auxiliem nos momentos decisivos.
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